Farmácias, serviços de saúde e bem-estar e beleza são os segmentos que mais se destacam quando se fala em uso do WhatsApp pelos consumidores no Brasil. O aplicativo é usado para atendimento, vendas e relacionamento com o cliente.
Segundo dados apresentados no Infobip CX Unlocked*, em Miami (EUA) por Juan Pablo Giraudo, client partner da Meta, a conveniência, a velocidade da resposta e a possibilidade de manter o histórico das conversas são os principais fatores que explicam a preferência pelo canal.
“O Brasil é o caso de uso mais incrível em relação à integração, com a busca de medicamentos por serviço farmacêutico. Lá, você pode obter sua receita, enviar o formato PDF para a farmácia e receber o link para pagamento”, diz Giraudo.
Popularidade do WhatsApp no Brasil
Não são apenas as farmácias, serviços de saúde e bem-estar e beleza que tornam o WhatsApp popular em atendimentos no Brasil. Com 96% da população online utilizando o WhatsApp, o País se destaca como um daqueles onde o aplicativo é mais integrado à vida dos consumidores: 66% afirmam interagir com negócios pelo app diariamente ou semanalmente. O índice é bem acima da média de outros países, como a Argentina, que registrou 42%, a Itália, com 49%, e o Canadá, com 59%.
Em 2024, o número de consumidores que usam o WhatsApp para se comunicar com empresas cresceu 5% e atingiu o patamar de 89%. A tendência também foi observada em outros países, como o Canadá, com 87%, e a Argentina, com 86%. Na Itália, o aumento foi de 7%, alcançando 80% de usuários.
Delivery de bares e restaurantes
As vendas por WhatsApp também já representam uma parcela considerável no faturamento com delivery dos bares e restaurantes. Uma pesquisa da Abrasel, realizada com 2.176 donos de estabelecimentos do setor de alimentação fora do lar em todo o Brasil, mostrou que mais de um quarto dos ganhos com entrega de comida já vem de pedidos feitos pelo app de mensagens.
A penetração do WhatsApp no delivery é de 63%, ainda abaixo das plataformas de terceiros, como aplicativos/marketplaces (por exemplo, o iFood). Segundo a pesquisa, 78% dos restaurantes utilizam esses canais em 2025, enquanto 41% ainda recebem pedidos por telefone e 39% investem em aplicativos ou sites próprios (a pesquisa permitia mais de uma resposta).
Nas vendas, os marketplaces ainda correspondem por 54% do faturamento, seguido pelo WhatsApp (26%), app/site próprio do estabelecimento (12%) e pedidos por telefone (8%). “O crescimento do WhatsApp é natural, pois dá mais controle aos estabelecimentos”, revela Paulo Solmucci, presidente-executivo da Abrasel.
*A jornalista viajou a convite da Infobip.
Imagem: Envato