O setor de materiais de construção no Brasil vive um momento de expansão e fortalecimento estratégico. De acordo com dados do Instituto de Pesquisa da Associação Nacional dos Comerciantes de Material de Construção (Anamaco), o varejo da construção já soma mais de 158 mil lojas em todo o país, um crescimento expressivo que reflete não apenas o potencial do setor, mas também o impacto positivo do associativismo empresarial.
O papel do associativismo no crescimento do setor
Um dos principais motores desse crescimento tem sido a união de forças entre pequenos e médios lojistas por meio de redes associativas. Um exemplo claro disso é a atuação da Febramat (Federação Brasileira de Redes Associativistas de Materiais de Construção), que reúne atualmente 29 redes em 21 estados brasileiros, representando mais de 1.400 lojas.
Juntas, essas redes movimentam um volume anual de compras estimado em R$ 2,7 bilhões e geram um faturamento superior a R$ 4,7 bilhões — o que representa cerca de 3,1% de participação no mercado nacional.
Vantagens competitivas das redes associadas
As redes associativistas têm permitido que pequenos empreendimentos tenham acesso a:
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Melhor poder de negociação com fornecedores
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Condições comerciais mais competitivas
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Apoio logístico e tecnológico
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Marketing cooperado e ações regionais integradas
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Capacitação e troca de conhecimento entre lojistas
Esse modelo tem se mostrado especialmente eficiente frente à concorrência com grandes redes varejistas e marketplaces. Parcerias como a da Cassol Centerlar com a Todimo, que integraram operações para ampliar presença no país, demonstram o potencial transformador da colaboração entre empresas regionais.
Olhando para o futuro
A Febramat também tem promovido encontros e eventos nacionais para discutir o futuro do associativismo empresarial no Brasil. A proposta é seguir fortalecendo práticas colaborativas, impulsionar a inovação e preparar o setor para novos desafios e oportunidades.
As projeções para 2025 são otimistas: espera-se um crescimento de 2,5% no varejo da construção civil, sustentado tanto pela demanda do consumidor quanto pelas estratégias de união e cooperação entre as empresas do setor.
O associativismo não apenas fortalece os negócios locais, como também impulsiona o desenvolvimento regional, fomenta o empreendedorismo e garante maior estabilidade para o setor. No varejo da construção, esse modelo vem se consolidando como um caminho sólido para a competitividade e o crescimento sustentável.