A operadora americana da varejista de fast-fashion Forever 21 entrou com pedido de falência, afirmando ser prejudicada pela mudança nos gastos dos consumidores e pela concorrência acirrada de varejistas estrangeiros.
A operadora, bem como algumas subsidiárias norte-americanas, entrou com pedido de processo de capítulo 11 no Tribunal de Falências dos EUA em Delaware. A empresa implementará uma liquidação ordenada de seus negócios nos EUA, acrescentando que as lojas da Forever 21 fora do país são operadas por outros licenciados e não estão incluídas no processo.
O diretor financeiro da empresa, Brad Sell, disse que, embora todas as opções tenham sido avaliadas, “não conseguimos encontrar um caminho sustentável, dada a concorrência de empresas estrangeiras de fast-fashion, que conseguiram aproveitar isenções para reduzir o preço e a margem de nossa marca”. Ele acrescentou que o aumento dos custos e os desafios econômicos afetaram a demanda dos clientes.
As lojas e o site da Forever 21 nos EUA permanecerão abertos e continuarão atendendo aos clientes durante o início da liquidação, informou a empresa.

Saída da Forever 21 do Brasil
A Forever 21 entrou em recuperação judicial nos Estados Unidos em setembro de 2019. No começo de 2020, chegou a um acordo de US$ 81 milhões para vender seus negócios de varejo a um grupo que inclui o Simon Property Group, a Brookfield Property Partners e a Authentic Brands.
Aqui no Brasil, o caldo começou a entornar em 2021o, quando a Forever 21 virou alvo de ações judiciais movidas por shoppings cobrando aluguéis em atraso. Sem acordos, a empresa de moda fechou no começo de 2021 todas as 11 lojas nos shoppings da rede Multiplan, entre elas, as dos shoppings Morumbi, Vila Olímpia e Anália Franco (São Paulo), Brasília, Ribeirão Preto (SP) e Canoas (RS). Em junho de 2022, todas as lojas da rede que ainda operavam no Brasil foram fechadas.
A Forever 21 chegou ao Brasil no ano de 2014. A marca fez sucesso com seu foco no conceito fast-fashion e atualização constante de coleções. A inauguração da primeira loja, no Shopping Morumbi, na zona sul de São Paulo, gerou uma fila de 1.500 pessoas na porta.
Com informações de Estadão Conteúdo (Dow Jones Newswires).
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